sábado, 1 de setembro de 2012

AS MARCAS DO NOSSO TEMPO

“Os dias em que vivemos são maus; por isso aproveitem bem todas as oportunidades que vocês têm.” (Efésios 5.16-BLH) O século passado e os primeiros anos desse novo século têm sido palcos de grandes mudanças, conquistas e realizações. A Ciência e a Tecnologia deram largos passos em todas as áreas. Vimos surgir novos usos, costumes e práticas que dera lugar a novas formas de comportamento que afetaram a nossa vida individual e coletiva. Uma delas diz respeito aos nossos relacionamentos. Embora sejamos seres gregários, criados para viver em sociedade, estamos experimentando um crescente processo de impessoalidade. Hoje não somos mais identificados pelo nosso nome, mas pelos nossos números: CPF, RG. Estamos perdemos a nossa identidade de seres humanos e nos tornando em imagens “virtuais.” E isso, tem fomentado um crescente processo de falta de solidariedade, de calor humano e de altruísmo. Situação essa que gera a brutalização, a materialização, a individualização e o egoísmo do ser humano. Toda essa realidade tem aprofundado as várias carências da espécie humana. Falta amor e solidariedade. Falta respeito pelo próximo e, por conseqüência, o valor da vida é banalizado. Qual a razão de tanta violência? De tanta maldade? Por que se mata tanto? Por que se arrisca tanto a vida por nada? Sem dúvida, essa inegável realidade tem afetado de modo direto, pesado e duro à família, os lares, os pais e os filhos. Pois é exatamente no lar, na vida conjugal e na sua interatividade que esses problemas estão produzindo seus lamentáveis e desastrosos efeitos. Porque o lar, a família têm uma enorme importância e uma enorme responsabilidade na vida do indivíduo e da sociedade. Porque é nesse espaço físico, social, moral e espiritual que somos preparados para viver em sociedade. A família e o lar - local formado pela família - são o “cadinho” onde se formam e se burilam os caracteres humanos. Para tanto é necessário saber que há um processo, esquecido pela sociedade, que precisa ser relembrado, mantido e revitalizado, em nossas famílias e em nossos lares. São as Três Vias, constituídas de mão e contramão. A 1ª é a da VERBALIZAÇÃO. É preciso haver diálogo. É fundamental que haja conversa comunicação. É preciso falar. É necessário que haja tempo para ouvir e ser ouvido.. É imperioso que haja ombros disponíveis para apoio e estímulo. A 2ª Via é a do TOQUE. O abraço, o beijo, o afago, o aperto de mão, o tapinha nas costas. Isso materializa as palavras dando-lhes conteúdo, sentido e calor humano. A 3ª Via é a da ATITUDE. É fundamental ser e parecer, ou seja, ter autenticidade e naturalidade. Nada de máscara, de hipocrisia, de representação. A vida no lar não é uma peça teatral. Os lares e as famílias, não são palcos. São isso sim, uma Escola. Escola de vida. Um laboratório, um pequeno universo, onde a unidade na diversidade necessita ser percebida, vivida e conservada. Examinando a vida de Jesus Cristo, nosso Mestre, Senhor e Salvador, vemos que ele falou em amor e amou. Falou em justiça e foi justo. Falou em perdão e perdoou. Falou em renúncia e renunciou. Ele falou com ricos e pobres. Com sábios e analfabetos. Ele tocou com as suas mãos divinas os olhos dos cegos, as cabeças das crianças e os corpos de leprosos e paralíticos. Ele foi autêntico e transparente. Viveu e cumpriu o projeto que Deus, seu Pai, havia estabelecido para ele, antes da fundação do mundo. (Apocalipse 13.8). E ele nos fez uma importante recomendação ao dizer-nos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” João 13.15).

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